Post by morning on Jun 20, 2019 18:25:42 GMT
Ideia surgida hoje ao almoço com a Mafalda, de roda de um arroz com amêndoas e bochechas submersas.
Não é coisa nova, mas é pertinente. Neil Gaiman, em "American Gods", desenha uma trama na qual deuses de antanho, e deuses hodiernos, vicejam por entre o Mundo porquanto haja um crente restante que lhes acalente a memória. No livro (foi feita uma série pouco mais que medíocre, embora pontuada por prestações exorbitantes como a de Peter Stormare na figura do deus eslavo da matança e da noite) as divindades antigas digladiam-se contra uma hemorragia na população dos crentes, aos quais é imensamente mais tentadora a ideia de uma adoração subconsciente a novos totems, como os media, a tecnologia e o mundo material.
Agora.
What if em países como Portugal, caso único nos anais (escolhi intencionalmente, embora tenha pegado no Houaiss por breves fracções de momento) a reverência cega ao colectivo, ao Estado, ao protoplasma da manada, trouxesse o Deus dos assassinos para o seio da vida mundana, e ele, ou ela, ou elx, animado, viesse desabrido chacinar os que se lhe opõem, isto é, nós?
Tal não explicaria a sucessão de azares e maleitas que vimos tendo?
Não é coisa nova, mas é pertinente. Neil Gaiman, em "American Gods", desenha uma trama na qual deuses de antanho, e deuses hodiernos, vicejam por entre o Mundo porquanto haja um crente restante que lhes acalente a memória. No livro (foi feita uma série pouco mais que medíocre, embora pontuada por prestações exorbitantes como a de Peter Stormare na figura do deus eslavo da matança e da noite) as divindades antigas digladiam-se contra uma hemorragia na população dos crentes, aos quais é imensamente mais tentadora a ideia de uma adoração subconsciente a novos totems, como os media, a tecnologia e o mundo material.
Agora.
What if em países como Portugal, caso único nos anais (escolhi intencionalmente, embora tenha pegado no Houaiss por breves fracções de momento) a reverência cega ao colectivo, ao Estado, ao protoplasma da manada, trouxesse o Deus dos assassinos para o seio da vida mundana, e ele, ou ela, ou elx, animado, viesse desabrido chacinar os que se lhe opõem, isto é, nós?
Tal não explicaria a sucessão de azares e maleitas que vimos tendo?
